A hora dos Fundos Imobiliários!



Otmar Schneider e Helon Florindo


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Segundo a notícia, 25% dos analistas e economistas já esperam por uma queda na SELIC. E porque a SELIC interfere nos Fundos Imobiliários?

O retorno total dos fundos imobiliários - rentabilidade - que é a soma dos rendimentos distribuídos pelo Fundo com a valorização da cota em determinado período, é impactada pela taxa de juros, de forma inversamente proporcional: quando a taxa de juros sobe, a rentabilidade dos fundos cai. Quando a taxa de juros cai, a rentabilidade dos fundos sobe

O mercado é impactado não somente pelo fato, mas pela expectativa do acontecimento. O movimento da Taxa SELIC de juros no futuro já é capaz de mexer bastante com o mercado.

As recentes notícias que circulam pela mídia, por si só, já são capazes de trazer muitos investidores para este mercado, que tem crescido exponencialmente nos últimos meses. E quando falamos "exponencialmente", não estamos exagerando: Dêem uma olhada na curva de crescimento do número de investidores no mercado de Fundos Imobiliários nos últimos meses!!!

                       Fonte: site da B3


Se você olhar com cuidado, vai observar que no ano de 2012 para aconteceu o mesmo fenômeno, de forma ainda mais acentuada. Isto se deveu ao lançamento do BBPO11, que jogou no mercado de Fundos Imobiliários milhares de novos cotistas. 

Com a crise e as altas taxas de juros, o número de cotistas foi diminuindo lentamente até o ano de 2017, quando começou uma nova alta no número de cotistas, atraídos pelo bom desempenho dos FIIs, devido à queda nas taxas de juros.

Agora a mídia especializada anuncia novamente a possibilidade de um novo "rali" na Bolsa. Aproximadamente 25% dos analistas e economistas consultados acreditam em um novo corte da taxa de juros da economia.

A rentabilidade do IFIX em 2019 - nos primeiros 5 meses do ano - já supera os 7%. Muito mais que o dobro da rentabilidade esperada de ativos de renda fixa atrelados ao CDI. Isto, por si só, já é um enorme chamariz para os caçadores de rentabilidade.

Estamos então na vez dos Fundos Imobiliários?

Sim e não. Depende do que você pensa sobre isso...

Se você é um caçador de rentabilidade, com certeza estará pensando em não perder esta chance! Pessoas que caçam rentabilidade, fazem uma gestão ativa da carteira. Vão para o investimento da moda, saem de investimentos que não estão rendendo naquele momento. O objetivo geral é ter a melhor rentabilidade, mês a mês...

O problema é que é muito difícil acertar topos e fundos. Acertar pontos de entrada e saída de ativos. Na teoria, uma carteira ativa teria, sim, uma rentabilidade muito superior a uma carteira passiva. No entanto, na prática, as pessoas que fazem uma gestão passiva da carteira, possuem um desempenho muito melhor ao longo dos anos, basta ver os resultados dos fundos mútuos e fundos de índices. 

Por que isto acontece?

Existem duas principais explicações para este fato: 

1. quando você tenta achar o ativo que está tendo um melhor desempenho, está comprando ele no período de alta. Quando você for sair de um ativo de pior desempenho, está vendendo ele na baixa. E assim, comprando na alta e vendendo na baixa, você vai destruindo valor ao longo dos anos. 
2. quando você gira a carteira, vendendo o que tem lucro, vai pagando imposto sobre o ganho de capital. Quanto mais imposto você pagar, menos capital você terá no final.

Então, se o seu objetivo é a rentabilidade, pura e simplesmente, a resposta é NÃO. Não é uma boa hora para comprar Fundos Imobiliários, pois eles, em sua maioria, já precificaram as expectativas de mercado. Sempre quando você lê uma notícia, todo mundo já está sabendo dela. E o mercado se ajusta. Então essas expectativas vão para o preço. E comprar na alta não é uma boa estratégia para quem pensa em vender logo ali, não acha??

Ok, tudo bem... Mas e o título deste artigo? Não é a hora dos Fundos Imobiliários então?

A resposta para esta pergunta é: SIM! É a hora dos Fundos Imobiliários! Assim como foi ontem e como será amanhã. Os Fundos Imobiliários são uma excelente classe de ativos para compor a sua carteira previdenciária. Para carregar por muitos anos, usufruindo da renda mensal para turbinar os seus aportes e construir o seu patrimônio. Ou para usufruir dele, na fase da aposentadoria (que não precisa ser aos 60 anos. Pode ser muito antes disso. Inclusive mais cedo do que você imagina!!

Rentabilidade não enche barriga. O importante são os rendimentos mensais. Se você está satisfeito com eles, não irá vender.

É como se você tivesse uma padaria. E sustentasse a sua família com o dinheiro que sai de lá. Pra que você vai vender se ela te sustenta? Se paga as suas contas? Se é um bom negócio? A maioria das pessoas não consegue fazer esta associação porque o ativo está em bolsa. Se não estivesse (fosse um imóvel físico, ou um ativo real) não pensaria em vender da mesma forma.

Rentabilidade de algo (ficar olhando se o preço do ativo está caindo ou subindo) não serve para quem está montando uma carteira previdenciária. Rentabilidade só faz algum sentido se você vender o seu ativo naquela hora. Pois um segundo depois, o preço estará diferente. Maior, menor... não importa! Se você não vai vender, a rentabilidade não serve pra nada.

Agora se você quer vender, aí sim dá pra ver quanto será a rentabilidade. Mas só após a venda do ativo. Depois tente recolocar o seu capital em outro ativo, que também está em alta, após pagar impostos para o governo e taxas para a corretora. 

Cada vez que você gira a sua carteira de investimentos, alguém fica com uma boa parte do seu capital. Quem está pensando em construir uma carteira previdenciária, tem que postergar ao máximo os impostos a serem pagos. O dinheiro que iria para o governo, vai servir para trabalhar para você por meio dos juros compostos, gerando mais capital e renda para o seu futuro.


PENSE NISSO!!!

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