O que é o Ifix

Quais são os índices da Bolsa de Valores? O que eles representam?? O que é o IFIX? Para que ele serve?



Por Otmar Schneider e Helon Florindo



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Essas perguntas serão respondidas hoje neste artigo!


O que é um índice?

Um índice (do latim index - o que indica), como o próprio nome diz, indica algo. É, neste caso, uma expressão numérica da relação entre quantidades diferentes, que são utilizados para medir uma variação.

Índices de inflação

Os índices de inflação são usados para medir a variação dos preços e o impacto no custo de vida da população. Aqui vamos falar um pouco de três índices de inflação que estão entre os mais utilizados no Brasil e que interessam ao nosso artigo: IPCA, IGP-M, e INCC.

O IPCA é o índice de inflação oficial do país, medido pelo IBGE e utilizado pelo governo para a medição da inflação. É medido entre os dias 1 e 30 de cada mês e observa mais de 400 itens de uma cesta de produtos. Alguns gastos considerados são com alimentação, bebidas, artigos de residência, comunicação despesas pessoais com saúde educação e habitação, só para dar alguns exemplos. Este índice - ou indicador - reflete o custo de vida de famílias com renda mensal de 1 a 40 salários mínimos.

O IGP-M é o índice calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), e registra a inflação de preços variados, desde matérias-primas agrícolas e industriais até bens e serviços finais. Abrange toda a cadeia produtiva e não apenas o consumo. É muito usado na correção de aluguéis e tarifas públicas, como a conta de luz, por exemplo. Este índice serve para todas as faixas de renda.

O INCC é usado pela construção civil no país. Ele é o indicador que observa a variação do custo da construção habitacional. Este é outro índice medido pala FGV e é utilizado para reajustar as parcelas dos contratos de compras de imóveis "na planta". Ele é o índice que reajusta o saldo devedor durante este período de construção. O seu cálculo leva em conta o custo de materiais, equipamentos, serviços e mão de obra necessários para a construção civil em diversas capitais brasileiras.


Existem outros índices que são mais voltados ao benchmark de investimentos como o IDkA - (Índice de Duração Constante ANBIMA), que é um conjunto de índices que medem o comportamento de carteiras sintéticas de títulos públicos federais com prazo constante.


Além desses temos o IMA (Índice de Mercado ANBIMA) é uma família de índices de renda fixa que representam a dívida pública por meio dos preços a mercado de uma carteira de títulos públicos federais.


Os subíndices do IMA são determinados pelos indexadores aos quais os títulos são atrelados:
  • IRF-M (prefixados)
  • IMA-B (indexados pelo IPCA)
  • IMA-C (indexados pelo IGP-M)
  • IMA-S (pós-fixados pela taxa Selic)
Mas porque é importante entender os índices?


Vamos a uma utilidade do IPCA, por exemplo: O IPCA serve como base da inflação brasileira. Isso facilita o entendimento para os investimentos que visam "bater a inflação" com a sua rentabilidade.


Mas a inflação do IPCA é a sua inflação? A carteira do IBGE é a mesma que a sua? Por isso é preciso conhecer os seus gastos mensais e o seu custo de vida.


Isso é importante para saber se os SEUS investimentos estão gerando um GANHO REAL sobre os seus custos. Esse é o crescimento real do seu patrimônio.


A rentabilidade real líquida é o aumento do poder de compra do seu dinheiro. Guarde essa informação. Ela junto com a moderação no consumo é o que realmente vai te levar à independência financeira, uma vez que você vai acumular mais patrimônio e esse patrimônio irá se valorizar em ganhos reais.


Agora que você entendeu um pouco mais sobre isso, vamos aos Índices da Bolsa - O IFIX e o Ibovespa.

Índices da Bolsa de Valores

Os movimentos de uma Bolsa de Valores são captados por meio dos índices da Bolsa. Por movimento, queremos dizer aquele sobe e desce de números, que refletem o que está acontecendo com o valor de mercado de um conjunto de empresas escolhidas para integrarem um portfólio. A este conjunto de empresas, dá-se o nome de carteira de ações.

Pois bem: os índices são criados para acompanhar algum critério específico. Um índice pode medir apenas o desempenho de empresas de baixa capitalização de mercado (empresas menores), refletir determinada carteira de ativos imobiliários ou representar o mercado das ações de empresas de capital aberto como um todo, levando em conta o peso de cada empresa neste índice. Temos assim o SMLL, IFIX e o IBOV, apenas para ilustrar nosso exemplo. A forma mais utilizada para se ponderar um índice é por meio do valor de mercado das empresas que o compõem.

Os índices servem como um termômetro para o mercado. Eles medem a valorização e desvalorização deste conjunto de ativos os quais representa. Essa alteração do valor pode ser medida em diversas unidades, tal como dia, mês, ano, etc. Assim, estes índices são muito utilizados como benchmark (padrão a ser alcançado ou superado) do mercado financeiro.

Sabe aquele fundo de ações ou multimercado que você adquire no banco? Pois é... uma das coisas que você deve observar é o desempenho dele relativo ao índice que ele usa como benchmark. Se te prometeu uma determinada rentabilidade, deve cumprir! Se tiver apanhando do índice de referência, melhor comprar o próprio índice (conceito de ETF)!!

Ok, após explicado o que são e para que servem os índices, vamos ao que interessa: o que é o IFIX.

IFIX

O IFIX é o índice de Fundos de Investimento Imobiliário, resultado de uma carteira teórica de ativos, elaborados de acordo com uma metodologia  utilizada por meio de procedimentos e regras constantes em um manual de procedimentos de índices da B3.

O objetivo dele é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos fundos imobiliários negociados nos mercados de bolsa e de balcão organizado da B3. É um índice de retorno total, que significa que ele não reflete apenas as variações nos preços dos ativos no tempo, mas também o impacto da distribuição de proventos (dividendos, juros sobre capital próprio, rendimentos, direitos de subscrição, etc...) das companhias emissoras desses ativos.

A carteira teórica do índice tem vigência de 4 meses (janeiro a abril, maio a agosto e setembro a dezembro), entrando em vigor na primeira segunda-feira do mês inicial da vigência. Ao final de cada quadrimestre a carteira é rebalanceada de acordo com a metodologia. A B3 divulga regularmente três prévias das novas composições do índice:


  1. No primeiro dia útil do mês anterior ao de início de vigência da nova carteira;
  2. No pregão seguinte ao dia 15 desse mês;
  3. No último dia de vigência da carteira anterior.
Para que um Fundo Imobiliário seja incluído no índice, deve atender cumulativamente aos seguintes critérios:
  1. Ter presença em pelo menos, 60% dos pregões no período de vigência das três últimas carteiras;
  2. Nâo ser classificados como Penny Stocks (ativos cuja cotação seja menor que R$ 1,00);
  3. Estar classificado entre os ativos elegíeis, dentro do período de vigência anterior, em ordem decrescente do Índice de Negociabilidade (IN) da B3, que represente 99% do total desses indicadores;
Depois de incluído no índice, o ativo é ponderado pelo valor de mercado da totalidade das cotas emitidas pelo Fundo Imobiliário. Ou seja: é ordenado do maior para o menor em termos de capitalização de mercado.

Sabendo-se disto, da composição do IFIX e para que ele serve, dá para acompanhar o desempenho do seu Fundo Imobiliário relativamente à média do mercado ao qual ele está inserido. Isso faz diferença no longo prazo, pois um bom desempenho ao longo do tempo ajuda a construir mais rápido o patrimônio gerador de renda passiva que vai te brindar com a independência financeira no fim das contas.

A B3 disponibiliza a evolução histórica do IFIX desde o começo do índice. Basta clicar aqui para ter acesso às estatísticas históricas, bem como à composição atual da carteira. O IFIX começou com 1.000 pontos em 30/12/2010 com apenas 50 fundos e um valor de 7,7 bilhões de reais. Bem pequeno comparado ao mercado atual, não?

Os relatórios gerenciais trazem, normalmente, o desempenho daquele Fundo Imobiliário em relação ao IFIX. Os relatórios são os documentos com as melhores informações para os cotistas dos Fundos Imobiliários, que devem ser lidos com atenção. Afinal, é o seu dinheiro, fruto do seu suor, que está em jogo: um mal investimento pode retardar, por anos, a sua independência financeira.

O olho do dono que engorda o gado. Os ativos que compõem sua carteira devem ser bons e permanecer assim ao longo do tempo. O objetivo não é girar a carteira, nem muito menos ficar fazendo trade com FIIs, que sequer são o instrumento mais adequado para isto. O objetivo, é que sua carteira performe, ao menos, na média do mercado. Pouco acima, pouco abaixo, mas nada muito diferente disto. Lembre-se: sua carteira é o conjunto de todos os ativos que ela possui. Cada um deve ser observado e acompanhado. E como saber se um ativo performa bem? Se você consegue responder a esta pergunta, então compreendeu bem o objetivo deste artigo.

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