Ter previdência ou ser previdente? (parte 2 de 3)
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Na primeira parte desta série, vimos os conceitos de previdência social, o que ela é, o que não é, os grandes desafios que enfrenta. Se você ainda não leu, clique aqui.
Vamos agora entrar nas alternativas existentes no mercado para aqueles que querem sair da Matrix (para aqueles que não querem esperar a velhice para gozar de uma vida financeira independente), ou seja, não depender do governo para receber um salário de fome na velhice.
Vamos agora entrar nas alternativas existentes no mercado para aqueles que querem sair da Matrix (para aqueles que não querem esperar a velhice para gozar de uma vida financeira independente), ou seja, não depender do governo para receber um salário de fome na velhice.
Neste ponto, você deve estar se perguntando: mas como não depender do sistema? Como puxar a decisão para minha esfera de responsabilidade? Se você se perguntou isso, já está no caminho certo!!
Alternativas complementares ao investimento compulsório em previdência social
Se a previdência social dificulta mais, a cada dia que passa, o recebimento de uma aposentadoria por parte do contribuinte, o que ele deve fazer?
Para aqueles que não querem confiar o seu futuro ao governo, resta arregaçar as mangas e colocar as mãos à obra! Pesquisar as possibilidades existentes e saber avaliar qual a melhor e mais adequada ao seu perfil de investimento é a solução para este problema.
Previdência Privada (entidades abertas de previdência complementar)
Todos os anos os bancos brasileiros investem uma quantidade enorme de energia e dinheiro para elaborar propagandas de marketing e vender planos de previdência privada.
A previdência privada nada mais é do que uma forma de aposentadoria por meio privado, ou seja, não está ligada à aposentadoria do INSS. O objetivo dela é complementar a previdência pública, que possui teto máximo de rendimentos e uma situação constantemente deficitária, exigindo cada vez mais sacrifícios e pré-requisitos mais rígidos dos trabalhadores para obtê-la.
As pessoas que ganham altos salários na iniciativa privada, que não está sujeita a um teto salarial para os seus colaboradores, normalmente querem manter o mesmo padrão de vida na velhice. Essas pessoas procuram planos de previdência privada para a complementação da aposentadoria do INSS.
Os planos de previdência privada são operadas pelos bancos. Isso já deveria te dizer algo...
A pergunta certa a ser feita aqui é a seguinte: se os bancos estão fazendo propaganda e disponibilizando esses produtos, será que é porque é bom pra mim, ou para eles?
O Governo recebe o poder, dado pelo povo, para administrar o bem público e fazer justiça social. Então a visão de longo prazo dele deve ser o bem estar de todos, não de alguns. Principalmente os cidadãos que já possuem renda acima da média.
Então a outra porta que se abre, para essas pessoas, é a dos bancos. Eles te vendem uma aposentadoria complementar para ter um futuro com a mesma qualidade de vida do presente!
Principais planos de previdência privada comercializados pelos bancos:
1. PGBL - Plano Gerador de Benefícios Livres
2. VGBL - Vida Gerador de Benefícios Livres
Ambos os planos de previdência privada permitem que você acumule recursos por um prazo contratado. No entanto, as taxas para saque antecipado são extremamente elevadas, partindo de 35% para resgates com menos de 2 anos. Isso posto, é necessário entender que este tipo de "investimento" (é uma previdência, não investimento) é para longuíssimo prazo, quando você sabe que não precisará deste dinheiro em prazo inferior ao do contratado no banco.
Faremos então um breve resumo sobre os dois tipos de benefícios disponibilizados pelos bancos. Vamos ao conceito formal da coisa.
PGBL
O PGBL é sugerido para pessoas que fazem a Declaração de Imposto de Renda completa. Isso porque os valores que são depositados todos os meses podem ser deduzidos do imposto a pagar. Você tem o diferimento do imposto (postergação/adiamento), e vai pagar imposto sobre todo o valor acumulado, inclusive sobre as contribuições!
Você pode deduzir até 12% da sua renda bruta anual. Por exemplo: se você ganha 100 mil por ano, suas contribuições podem ser de até 12 mil por ano. Assim você consegue abater este valor do seu total de rendimento bruto anual, que será tributado agora na base de 88 mil/ano, não mais em 100 mil/ano. No final, dá pra perceber que o PGBL é mais vantajoso por conta do diferimento fiscal em relação ao VGBL, que veremos a seguir.
VGBL
O VGBL costuma ser sugerido para aqueles que não pagam imposto de renda, ou que prestam a declaração do Imposto de Renda simplificada. A vantagem dele é que, no resgate, você vai pagar imposto apenas sobre os rendimentos. A contribuição pode ser bem pequena, existem bancos que possuem planos a partir de 30 reais/mês.
Um dos maiores problemas dos planos de previdência privada é, sem sombras de dúvidas, a alta taxa cobrada dos seus participantes. Essas taxas podem inviabilizar completamente o "investimento" neste produto. E como é oferecido por bancos, a desconfiança aumenta.
O Futuro Irá Chegar!
Neste ponto cabe uma visão técnica sobre o assunto, o relato escrito de um executivo de grandes bancos que passou a ser educador financeiro. A indicação aqui é de leitura de um livro que trata com propriedade desse assunto.
"O futuro irá chegar!", de autoria de Fernando Meibak. Ele foi executivo de diversos bancos antes de escrever este livro. O autor passou por bancos como UBS, ABN Amro Bank e Citigroup.
Meibak é da opinião que o PGBL, o melhor dos dois planos de previdência privada, oferece apenas a ilusão de uma isenção tributária, pois no resgate o imposto a pagar irá incidir sobre todo o montante capitalizado. O imposto é, assim, apenas postergado. Além deste fato, ele afirma que as altas taxas de administração, carregamento e outras existentes corroem todo o ganho do contratante.
Fundos de Pensão (entidades fechadas de previdência complementar)
Também conhecidas como fundo de pensão, as Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPC) são fundações civis que gerem o patrimônio de contribuições de participantes com o objetivo de proporcionar renda ou pecúlios.
São constituídos por meio de fundações de direito privado ou de sociedade civil, sem fins lucrativos. O principal objetivo é alcançar uma rentabilidade suficiente para pagar os benefícios, não procurar investimentos de maior rentabilidade e maior risco. São acessíveis exclusivamente pelos funcionários vinculados a uma determinada empresa podendo ter ou não a contraparte de contribuição por parte do empregador.
Meibak diz que este é o único produto de previdência que vale a pena, desde que haja contraparte do empregador em percentual igual ao do empregado da empresa. Caso contrário, cai no mesmo caso que os demais produtos previdenciários. A contribuição patronal acaba minimizando as imensas taxas de administração e carregamento, levando este tipo de previdência a performar melhor do que as vendidas pelos bancos.
Como esse tipo de previdência é destinada apenas àqueles que estão em uma empresa que oferecem essa possibilidade, não nos alongaremos muito nesta análise. No entanto, uma coisa deve ser colocada para fins comparativos: não há liberdade maior do que fazer a sua própria previdência pessoal. Entender de alocação de ativos e poder escolher quando e como irá usufruir da sua independência financeira!
Então, entendeu que previdência privada é um seguro no qual você paga inúmeras e imensas taxas? Entendeu porque o gerent ete oferece 10 em 10 vezes que você perguntar sobre investimentos?
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Invista e Fiique Tranquilo!!
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