Ter previdência ou ser previdente? (parte 3 de 3)

Previdência Pessoal e a Carteira Previdenciária

Por Otmar Schneider e Helon Florindo

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Essa é a última parte da nossa série sobre previdência. Agora falaremos menos de previdência e mais de ser previdente. Aqui vai a primeira constatação, já antecipando os resultados da nossa série:

Previdência não é investimento! Previdência é um seguro. Muitas propagandas de quem comercializa as previdências privadas (fechadas ou abertas) trazem o pensamento de que você deve ter uma 'prestação' para pagar, se quiser juntar algo. Que tem que descontar no seu contra-cheque, senão você não consegue juntar nada. De que previdência privada é uma forma de aprender a investir.

E por aí vão as propagandas...

Ninguém vai te indicar fazer, por si só, sua própria previdência. SER PREVIDENTE. A previdência privada pessoal, aquela que é feita e gerida por você mesmo, onde você acumula capital em ativos que possuem valor e geram renda. Essa não tem propaganda. Se não fossem por alguns blogues e fóruns, passaria completamente despercebida!

Essa previdência é, sem sombra de dúvidas, a mais eficiente para te dar a educação financeira. Você com as rédeas da sua vida! 

Primeiro porque não tem a quantidade de taxas da previdência complementar aberta. As taxas te roubam todo o rendimento. Por exemplo: em uma SELIC de 6,5%a.a, com inflação de 4,5%a.a e 2%a.a de taxa de administração... O banco ganha muito! E o que sobra pra você?? Absolutamente NADA

Segundo porque não existe um teto máximo para limitar os seus ganhos, como há no INSS, ou  mesmo exigência de idade mínima. Você se aposenta quando quiser, com o valor que achar que tá bom pra você, pois você constrói isso.

Aqui o tempo trabalha para você e os seus rendimentos crescem ano após ano! Escolher resgatar tudo ou uma parte é uma decisão apenas sua. Mas a possibilidade de sucessão que a previdência pessoal te dá, não tem preço! Poder passar suas conquistas para a sua família, ao invés de retornar para o governo, para nós, é uma das principais vantagens desta modalidade de previdência.

Talvez uma das maiores injustiças que possa haver é percebida por aqueles que dependem exclusivamente do INSS. Digamos que o Seu João contribuiu por 35 anos para o INSS, com base em um salário alto, próximo ao teto. Que ele não se aposentou ainda porque não atingiu a idade mínima. Que sua esposa já é falecida e ele cuidou sozinho dos 3 filhos do casal, que agora são todos maiores de idade. Agora uma possibilidade real: Seu João morre antes de conseguir se aposentar! 

Sabe o que vai acontecer com todo o montante que ele contribuiu por 35 anos? Volta para o Governo! Como não tem dependentes legais, não tem pensão a instituir! Veja bem: é uma pensão. Não é patrimônio. Uma ajuda, apenas para o beneficiário e dependentes legais (filhos menores e esposa). Não para dependentes. Não há sucessão!! 

Isso jamais aconteceria se ele contribuísse para a sua própria aposentadoria!! Seus filhos receberiam o esforço de anos de trabalho do seu pai, pois o patrimônio construído, acumulado ao longo dos anos, está lá!! Não some no exato segundo da morte do beneficiário, que não tem dependentes legais, MAS TEM FILHOS!!

Pensa conosco:
No momento da vida mais difícil da família de uma pessoa, quando o provedor falta, não ter com o que se manter é o que de pior pode acontecer com uma família. Se você tem uma previdência privada e escolheu receber parcelas de contribuição durante toda a vida, é isto o que vai acontecer! Com a sua morte, cessam os pagamentos neste tipo de modelo.

Se você depender exclusivamente do INSS, e seu cônjuge não puder mais juntar pensão com aposentadoria (é uma das propostas de reforma da previdência), o padrão de vida da sua família vai cair pela metade! E ninguém vai estar nem aí pro seu problema.

Manoel, ao contrário, construiu uma carteira previdenciária com bons ativos geradores de renda ao longo da vida. Ele aprendeu como montar essa carteira estudando com afinco, mas conseguiu se aposentar aos 50 anos de idade e curtir a vida com a sua família. Ensinou sua esposa e seus filhos a gerirem o patrimônio, preparando-os para a sucessão. 

Quando ele morreu, tudo o que ele tinha ficou para a família, gerando renda que foi aumentando ao longo dos anos por todas as suas gerações. Independentemente da idade dos seus filhos, pois não é uma ajuda ou pensão. É um patrimônio, SEU, acumulado em ativos que possuem valor e geram renda por gerações!!

E aí? Prefere ser o Seu João ou o Manuel? A decisão é sua, meu caro amigo leitor!!

Concluindo

Não é fácil entender que no país da renda fixa, teoricamente sem risco, as pessoas tenham dificuldade em manter seu poder de consumo ou proteger suas reservas para o futuro.

É fácil entender que temos uma legislação de seguridade social que beira a perfeição - no papel.

É impossível acreditar que soluções milagrosas irão mudar radicalmente a situação de pessoas que estão com seus 40, 50 anos hoje, permitindo-lhes uma aposentadoria justa e digna.

É compreensível que o investidor busque seu lugar ao sol, mas é inaceitável que ele não execute a correta diligência antes de aplicar seus recursos.

Foque no seu futuro. Mude o que está ao seu alcance. Pense no longo prazo. Construa a sua carteira de investimentos de forma consciente. Gere renda passiva. Reinvista. Isso vai te tirar do caminho do senso comum. 

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